A Cáritas Arquidiocesana de Passo Fundo busca desenvolver um processo sistemático de acompanhamento aos grupos. Estar próxima das comunidades quilombolas possibilita identificar demandas, fortalecer a luta e manter a esperança presente nos costumes do povo negro. Dessa forma, desenvolveu em agosto duas oficinas de alimentação e duas de artesanato com as mulheres dos quilombos de Arvinha e Mormaça em Sertão, contando com a participação de 24 pessoas.
Pela parte da manhã as acadêmicas de nutrição da UPF, Roberta e Fabiana, ministraram a oficina de alimentação, incentivando as mulheres das comunidades a criarem o hábito de preparação de alimentação saudável, dando preferência por ingredientes naturais e integrais no preparo das refeições e promovendo o resgate de pratos típicos.
Segundo Noeli P. Oliveira, 36 anos, que sempre morou no quilombo “foi uma novidade fazer a salada com maçã e repolho e também o suco com repolho e cenoura. A comida ficou boa e as monitoras foram bem atenciosas e passaram bem os ensinamentos. Estava tudo muito bom. Deveria ter isso mais vezes”.
Já pela parte da tarde, a oficina de artesanato foi ministrada pela coordenadora do grupo de Cáritas da Paróquia São José Operário, Ana Castelli, onde procurou ensinar a aproveitarem retalhos de tecidos para confeccionar fuxicos.
Para Andressa E. Oliveira, 20 anos, “fazer os fuxicos é fácil e é bom que aproveita os retalhos de roupas. É bom aprender isso pra poder fazer e vender pra ganhar um dinheiro e também podemos passar adiante o ensinamento”, destaca Andressa.
O objetivo da Cáritas na realização dessas oficinas é incentivar as comunidades quilombolas a se desenvolverem e a fortificarem cada vez mais seus costumes. Essas atividades são possíveis pela parceria desenvolvida entre as comunidades com a Cáritas Arquidiocesana e Cáritas paroquiais, Universidade de Passo Fundo, Paróquia de Sertão e tem o apoio da Adveniat.
