O resgate da cultura, o fortalecimento da luta e partilha do saber e compromisso social foram algumas das expressões que nortearam o Seminário das Mulheres Quilombolas, promovido pela Cáritas Arquidiocesana de Passo Fundo. A atividade aconteceu no dia 11, na comunidade da Arvinha, no município de Sertão e reuniu 40 mulheres dos quilombos de Arvinha e Mormaça.
Para contribuir na reflexão sobre o “Fortalecimento da luta das mulheres no resgate da cultura quilombola”, esteve presente no encontro a assessora de projetos, Pâmela Ieda Muniz, da Cáritas Diocesana de Bagé. Segundo ela "a Cáritas se coloca a serviço das Comunidades Tradicionais, pois quer contribuir para o empoderamento e protagonismo dos remanescentes de quilombos. Se tivemos a oportunidade de conhecer nossa verdadeira história, razão pela qual nos animamos a lutar por nossos direitos, devemos contribuir para que cada vez mais pessoas trilhem o mesmo caminho”, destacou Pâmela.
Além da formação e dos cantos próprios da cultura quilombola, a assessora orientou uma oficina de confecção de turbantes, herança cultural e identidade das mulheres negras pelo uso de adornos de inspiração africana.
Para Fernanda Correia, do quilombo da Arvinha, o evento foi uma experiência gratificante, “eu gostei desse encontro promovido pela Cáritas de Passo Fundo que reúne as mulheres das comunidades quilombolas, pois nos divertimos o dia inteiro, nos apropriamos da cultura do povo negro no Brasil e por fim aprendemos a fazer vários modelos de turbantes”, relata Correia.
Esse seminário é uma das atividades de muitas, que no decorrer do ano são realizadas pela Cáritas, como oficinas de artesanato, alimentação, panificação, encontro de comunidades quilombolas, entre outras.