“O Protagonismo da Mulher na Igreja e na Sociedade” foi o tema do 12º Encontro Arquidiocesano de Mulheres, que reuniu cerca de 250 mulheres de diferentes bairros e municípios da região. A atividade aconteceu no dia 11 de abril, na Paróquia São José Operário, Bairro Vera Cruz, em Passo Fundo.
Colaboraram como painelistas duas mulheres: Dra Viviane Candeia Paz, do projeto Projur Mulher, da Universidade de Passo Fundo, e Jacira Dias, Assistente Social da Cáritas Regional de Porto Alegre. As assessoras ajudaram a refletir sobre o tema do encontro e desafiaram as mulheres a continuarem lutando pelos seus direitos na Igreja e na sociedade, pois o protagonismo é uma construção permanente.
A mulher é um dos pilares de sustentação da ação pastoral da Igreja, presença de acolhida, de solidariedade e de eficiência em várias frentes. Segundo a painelista Jacira Dias, que refletiu sobre o protagonismo da Mulher na Igreja: não há dúvida sobre a importância do papel das mulheres nas pastorais, nas comunidades e na rede Cáritas, desde os grupos até as Cáritas paroquiais e diocesanas, mas ainda é um desafio o protagonismo das mulheres nos espaços de decisão na hierarquia da Igreja.
Já Drª Viviane Candeia Paz disse que o protagonismo da mulher na sociedade foi construído por um conjunto de ações e lutas ao longo dos tempos, no entanto essa caminhada ainda necessita de muitos avanços que serão possíveis pelo acesso à educação, pela inserção da mulher no mercado de trabalho e em outras tantas instâncias.
É impossível imaginarmos uma sociedade sem a participação das mulheres. Atualmente, mulheres ganham destaque em várias frentes sociais e a luta pelos direitos das mulheres continua provocando maior igualdade entre todos os cidadãos, independente do gênero.
Assim, o protagonismo da mulher que antes era invisível se torna realidade em diversas áreas. Sua consolidação depende do apoio de políticas públicas consistentes que valorizem a participação da mulher na sociedade, proporcionando melhorias na sociedade e na vida de todas as pessoas a partir da conquista de seus direitos. Toda a reflexão esteve conectada com a campanha da fraternidade 2015, que discute a relação Igreja e sociedade.
O evento, além de reflexivo, teve um caráter celebrativo, de partilha de vida e de experiências, bem como artístico-cultural. No turno da tarde, seis equipes paroquias realizaram apresentações culturais, a partir de alguns critérios, como: conexão com o tema, originalidade e criatividade, trabalho em equipe, envolvimentos dos participantes e limite de tempo. Todos os grupos que se apresentarem receberam um mimo. O principal objetivo deste momento foi à entrega da imagem de Nossa Senhora Aparecida ao grupo que se destacou. Dessa vez a imagem visitará a equipe Paroquial Nossa Senhora da Glória de Carazinho. A imagem permanecerá no grupo até o próximo encontro, em 2017.
Conforme, Odete Silveira, responsável pelo trabalho com as mulheres na Cáritas, a avaliação do encontro foi positiva. Segundo ela, houve boa integração entre as mulheres, a reflexão do tema foi instigante e a partilha de vida dos diferentes grupos expressou a diversidade dos trabalhos desenvolvidos.
