Prestes a completar 25 anos de atuação em 2018, o Projeto Massa Colonial Ascal envolve um grupo de mulheres da Linha Oitava, no município de Guaporé, que se reúne semanalmente para produzir, através dos conceitos da economia solidária, massas, bolachas, pães e bolos recheados. Formado por Lurdes Rosseli, Maria Calza e Terezinha Perin, o projeto atinge as três famílias - quase 40 pessoas - e recebe o apoio da Cáritas Arquidiocesana. As três são agricultoras que, a partir da organização coletiva, produzem e comercializam alimentos para a geração de renda desde 1993. O grupo, que teve início a partir de reuniões e reflexões, foi se constituindo pouco a pouco e, hoje, já é conhecido na região.
Contribuição que constrói
Para Luiz Costella, representante da Cáritas no Conselho do Fundo, o FDS é a oportunidade de iniciativas que não teriam recursos para investir em projetos possam, dessa forma, desenvolver ações voltadas para a comunidade. “O Fundo apoia iniciativas coletivas que são, em sua essência, demandas da comunidade que podem envolver temas como educação e formação, geração de renda e economia popular solidária, saúde alternativa e preventiva, resgate da dignidade humana, população em situação de exclusão e meio ambiente e reciclagem”, explica. “Temos muita história para contar e é válido lembrar que esse recurso é uma contribuição da própria comunidade: o Fundo só existe porque há a contribuição”, enfatiza.
Solidariedade, organização e coletividade
Desde 2000, quando surgiu o Fundo de Solidariedade, já foram mais de 200 projetos beneficiados com recursos financeiros. Para o arcebispo, dom Rodolfo Weber, a proposta do FDS vai ao encontro da própria essência da Igreja – que está solidificada na ideia de ajudar o próximo. “O Fundo de Solidariedade é uma iniciativa, como diz o próprio nome, de colocar em comum uma quantia de dinheiro para favorecer um projeto que tenha necessidade”, explica. “A conversão acontece, também, na medida em que a pessoa consegue dar não só aquilo que sobra, mas aquilo que lhe falta, para ajudar alguém que tem maior necessidade. É um exercício da fraternidade e da preocupação com o outro. O Fundo é uma concretização da solidariedade”, conclui.