Ocorreu em Brasília, de 26 a 28 de setembro, no Centro Cultural de Brasília, o terceiro Seminário Nacional de Fundos Solidários, que teve como objetivo principal debater o papel dos fundos solidários no desenvolvimento territorial, a partir do Plano Nacional de Economia Solidária, em vista do fortalecimento, organização e efetivação dos direitos.
No Brasil, a partir do mapeamento realizado entre 2010 e 2012, foram identificadas mais de mil experiências de Fundos Solidários, que segundo a forma de gestão são identificados como Fundos de Fomento, Fundos Rotativos Solidários Comunitários/de Base, Fundos de apoio a atividades Produtivas Específicas e Fundos Mistos. Mais de 200 pessoas participaram do evento, representando todas essas experiências, espalhadas por todo o Brasil.
O evento foi palco da criação da Rede Nacional de Fundos Solidários, formada pelas representações das redes regionais, que terá como missão articular e promover em âmbito nacional o desenvolvimento e o fortalecimento dos fundos rotativos e solidários. Tendo em vista esse objetivo de fortalecimento e ampliação das redes de finanças solidárias, ocorreu na câmara dos deputados, no dia 28, uma audiência pública sobre o tema. Os participantes do evento externalizaram a preocupação com a perda de direitos conquistados no âmbito da economia solidária, pelas recentes declarações do atual governo de extinguir e reduzir os programas voltados a economia popular solidária. O secretário adjunto da Secretaria Nacional de Economia Solidária, garantiu que tudo permanecerá como estava. Para os representantes da Economia Solidária será preciso lutar muito, pois a atual governo não se identifica com as políticas públicas voltadas para a economia solidária.
O Fundo de Solidariedade da Arquidiocese esteve representado por Junior Centenaro, membro do conselho gestor do fundo, que foi escolhido em 2014 como modelo entre os fundos diocesanos, pela gestão, eficiência dos projetos apoiados e fomento à economia popular solidária. O Fundo Diocesano é fruto da partilha de muitas comunidades durante a Campanha da Fraternidade e auxilia na construção de outro mundo possível ecologicamente e socialmente sustentável e digno.